Luiz Eduardo Soares, em sua coluna no Jornal GGN, falou sobre o tratamento dado pela mídia tradicional às manifestações contra o Bolsonaro e expôs a sua visão sobre os objetivos por trás disso.
Foto: Capa do Jornal O Globo no dia seguinte às manifestações.
Luiz Eduardo Soares, em sua coluna no Jornal GGN, falou sobre a forma canalha com que a mídia tradicional tratou as manifestações contra o Bolsonaro e expôs a sua visão sobre os objetivos por trás disso.
Para o sociólogo, não se trata de um apoio ao bolsonarismo, mas de uma preocupação da classe dominante em seguir controlando os rumos da nação:
“Qual a finalidade do embuste estampado sem pudor, nas manchetes de hoje? Abraçar-se ao cadáver adiado do fascismo brasileiro? Não, esses órgãos têm sido críticos do governo. Trata-se, a meu juízo, como em 1984, guardadas as óbvias diferenças, de disputar a direção política do futuro, o comando do processo de transição para o pós-Bolsonaro.”
Acrescentamos que, de certo, um movimento popular de revolta dos trabalhadores é tudo que uma elite oligárquica como a nossa não precisa.
Bolsonaro foi apoiado pela classe dominante, mas sempre foi descartável. O importante para a burguesia é implementar a agenda neoliberal e manter a classe trabalhadora controlada. Trocar ou manter a Presidência é apenas uma questão de estratégia.
Na coluna, Luiz Eduardo não descarta ainda a hipótese queremista, ou seja, um Pós-Bolsonaro com Bolsonaro. É isso mesmo. Um movimento da classe dominante pela manutenção do Bolsonaro para evitar um ascensão da esquerda.