Luciano Huck coloca a culpa no “jeitinho brasileiro” pelos pobres estarem sem vacina. Há quem interessa essa ideologia?
Foto: Twitter do Luciano Huck
Luciano Huck, em seu Twitter oficial, colocou a culpa no “jeitinho brasileiro”, que fura fila da vacinação com atestado falso, pelos pobres estarem sem vacina, decretando que essa forma imoral de ser do povo brasileiro tem que acabar.
Sim, o mesmo sujeito que, junto de Sérgio Cabral e cia, deu o seu “jeitinho” para construir uma mansão em área de preservação ambiental em Angra. (1)
Isso é um clássico. A burguesia, classe onde reina a imoralidade, sustenta um governo que exclui a população de direitos básicos, nesse caso a vacina, depois moraliza o “jeitinho” que o povo tenta dar para sobreviver, colocando nele, no “jeitinho brasileiro” de forma abstrata, a culpa pelas mazelas sociais. Assim, o próprio povo se culpa pela sua condição e não percebe quem os colocou nela.
Detalhe que, assim como em muitos outros casos, os dados contrariam essa ideia do “jeitinho brasileiro” quanto as vacinas, pois, por exemplo, apenas 65% das pessoas com comorbidades, que o governo do Rio de Janeiro esperava, foram vacinadas. (2) Enquanto a burguesia, culpada pela falta de vacinas, está indo para Miami se vacinar.
É preciso que paremos de reproduzir essa ideologia do “jeitinho brasileiro” que só serve aos interesses da classe dominante.
Fontes: