“Vamos tirar o Maduro de lá”, disse o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeu, em visita a Roraima, que faz fronteira com a Venezuela.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeu, ao lado do nosso ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em visita a Roraima, disse que vai tirar o Maduro do governo da Venezuela e ainda afirmou que o EUA quer “representar as pessoas da Venezuela” e “assegurar que a Venezuela tenha uma democracia”.
É grotesco e repugnante que um país completamente dominado pela Ditadura do Capital queira falar em levar Democracia para país alheio.
E a próxima agenda do secretário é a Colômbia. Com isso, terá visitado todos os países que fazem fronteira a Venezuela, justo quando o país se prepara para ter eleições no fim do ano.
Está claro que o EUA tenta criar instabilidade na região fomentando a inimizade dos países vizinhos do Continente a fim de derrubar Maduro e impedir a volta da esquerda ao poder na Bolívia e no Equador. Em última instância, há possibilidade até de guerra quente. Não podemos permitir que o Brasil se envolva nesse crime.
O povo venezuelano resiste há anos às ofensivas cada vez mais duras do imperialismo mais poderoso que a humanidade já viu, para que não voltem a ser saqueados como antes eram. E o Maduro tem seus méritos nessa resistência.
A esquerda pode ter suas questões com o governo Maduro, que de fato tem problemas em diversos aspectos, mas não dá para sermos ingênuos de achar que é possível resistir a ofensiva do país mais poderoso do mundo sem ter as forças armadas e as instituições nas mãos. Falta de “democracia” é o último problema da Venezuela.
Se por um lado as críticas e as divergências sobre os rumos da revolução bolivariana são importantes, por outro deveria ser consenso a defesa da soberania nacional da Venezuela diante da ofensiva dos EUA na América Latina.